O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa reconhecida por suas inúmeras características nutricionais tendo importante papel na segurança alimentar. Além disso, a cultura tem forte influência socioeconômica sendo cultivada em todos os continentes. No Brasil em específico, é cultivada durante todo o ano por pequenos, médios e grandes agricultores, tornando o produto disponível em todas as épocas e gerando emprego. A forma de cultivo do feijão pode resultar na redução da demanda energética, influenciar nos componentes agronômicos e no custo de produção, aumentando a rentabilidade da atividade. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a influência da velocidade operacional e da profundidade da fertilização no plantio direto do feijão, na sua resposta e no seu custo de produção. Foram utilizadas as velocidades operacionais de 0,84 m s -1 (3 km h-1); 1,39 m s -1 (5 km h-1); 2,22 m s -1 (8 km h-1); e 2,78 m s -1 (10 km h-1) e profundidades de fertilização de 0,05; 0,08, 0,10 e 0,13 m, em um esquema de delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, totalizando 64 unidades experimentais. A demanda energética do plantio direto foi feita utilizando-se a força de tração, potência demandada na barra de tração, velocidade de operação, patinagem, capacidade operacional, tempo de preparo, consumo horário e específico de combustível para avaliar o consumo de combustível por área trabalhada, demanda total de energia, demanda específica de energia e a eficiência no uso do combustível. Já para o desempenho da semeadora, desenvolvimento inicial da cultura, rendimento e componentes agronômicos, foram avaliados a distribuição longitudinal das plântulas, o espaçamento médio, índice de precisão da máquina, profundidade real de deposição do fertilizante, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência das plântulas, produtividade, população final, número de vagens por planta, número de grãos por vagem e o peso de 100 grãos. Foram determinados também o custo de produção, a receita bruta e líquida e a taxa interna de retorno sobre o investimento para análise da viabilidade econômica da produção. Verificou-se que as velocidades operacionais e profundidades de fertilização não tiveram influência para a ocorrência de espaçamentos normais, duplos e médio entre plântulas, no índice de precisão da máquina, na porcentagem de plântulas emergidas, população final, número de vagens por planta e número de grãos por vagem. Os tratamentos que utilizaram maiores velocidades operacionais e maiores profundidades de fertilização estão estatisticamente no grupo dos tratamentos onde se obteve maior produtividade e rentabilidade. Palavras-chave: Plantio-direto. Feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.). Desempenho. Consumo de combustível. Análise de custos.