Neste trabalho, analisamos a tradução de textos jornalísticos, entendendo a tradução como um fenômeno de “representação cultural” (ZIPSER E POLCHLOPEK, 2006), e observamos os critérios utilizados por tradutores para representar a violência de gênero, considerando os procedimentos de tradução empregados. Partimos do entendimento de que o jornalismo pressupõe o fato a ser noticiado, o que diferencia o papel que tradutores e jornalistas desempenham no que tange às suas matérias-primas. Assim, pudemos refletir sobre o papel que as instituições sociais desempenham, bem como sobre seu poder e influência na transmissão de ideologias que incidem sobre a formação da opinião pública. O corpus de análise constitui-se de artigos publicados em português e espanhol na versão digital do jornal Folha de São Paulo, considerado o jornal de maior circulação no Brasil.