Contexto: Exercícios aquáticos são prescritos para gestantes devido seus benefícios para a mãe e bebê, entretanto, é importante conhecer as respostas fisiológicas à prática do exercício nessa população.Objetivos: avaliar as adaptações fisiológicas ao exercício aquático em uma gestante hipertensa e uma gestante normotensa.Método: Relato de caso/controle composto por 2 mulheres gestantes (1 hipertensa, 31 anos, 102,1kg, 1,60m e sedentária; e 1 normotensa, 35 anos, 97,8kg, 1,73m, e fisicamente ativa), ambas no terceiro trimestre de gestação. Avaliou-se a frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), duplo produto (DP), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), e glicose sanguínea (GLI) em quatro momentos distintos: em decúbito dorsal após repouso de 15’ (M1), em imersão em piscina com água na altura do manúbrio esternal após repouso de 5’ (M2), imediatamente após a sessão de exercício aquático (M3), e em decúbito dorsal após repouso de 5’ (M4) respectivamente, exceto para a GLI que foi aferida apenas em M1, M3 e M4. A sessão de exercício consistiu em movimentos de adução e abdução horizontal de ombros combinados com flexão e extensão de quadril sem a utilização de implementos e intensidade entre 60% e 80% da FC máxima.Resultados: observou-se que as variáveis hemodinâmicas apresentaram modificações apenas em função da imersão na piscina. A sessão de exercício provocou elevação nas variáveis analisadas em ambas participantes, exceto para GLI que apresentou redução. Destaca-se a melhora em FC, PAS, PAD, DP, VFC e GLI na gestante hipertensa em M4 em comparação ao M1.Conclusoes: o exercício aquático provocou adaptações fisiológicas positivas apresentando-se como uma possível modalidade a ser praticadas por gestantes.