Ao ingressar na faculdade de Medicina, observa-se um declínio significativo na saúde mental, e piora com o avançar da graduação. Diversos fatores são descritos como potencialmente estressantes em estudantes de Medicina, como o ambiente acadêmico altamente estressante, competitividade, privação de sono, carga de trabalho excessiva, pressão de colegas, fatores curriculares, afetivos e institucionais. O presente estudo, trata-se de uma revisão bibliográfica que tem como objetivo analisar o espectro das manifestações psiquiátricas em estudantes de Medicina e a relação com a exaustão mental destes indivíduos. O esgotamento não é dependente, puramente, de fatores predisponentes individuais, como expressão emocional ou meios de enfrentamento de estresse, mas também, está interligado a fatores externos, como o molde do sistema educacional e pode gerar impactos negativos na vida acadêmica e pessoal dos alunos. Entre os alunos do ciclo clínico, representados como sendo do 3°, 4° e 5° anos, a prevalência de burnout foi maior entre os alunos do terceiro e quarto anos, e esta maior prevalência pode ser devida à transição das ciências básicas para as ciências clínicas. É necessário a intervenção institucional, do corpo docente e de programas de apoio educacional, para o reconhecimento precoce, abordagem prática e direcionada como mecanismos de contenção de repercussões clínicas e prejuízos pessoais aos estudantes de Medicina.