Repercussões De Descobertas Neurocientíficas Ao Ensino Da Escrita

Abstract

RESUMOEste trabalho explora algumas descobertas das neurociências com implicação com a educação, em especial com a aquisição e o aprendizado da escrita. O Izquierdo (2002Izquierdo ( , 2004, Boujon e Quaireau (2000), discute-se e especulase sobre as seguintes questões: dissimetrização e invariância na alfabetização; aprendizado indireto, conhecimentos prévios e prática da leitura no contexto escolar; plasticidade cerebral e período crítico; diversidade de estimulação, emoção e nível de processamento na consolidação das memórias; atenção e aprendizagem. Defende-se, por fim, a consideração de achados neurocientíficos no ensino de língua materna.Palavras-chave: Neurociências. Educação. Aprendizado. Escrita. ABSTRACT REPERCUSSIONS OF NEUROSCIENTIFIC FINDINGS FOR TEACHING WRITINGThis paper explores some findings of neuroscience considering some implications for education, particularly for the acquisition and learning of writing. The advent of technology has allowed a substantially expansion of the knowledge about the functioning of language in the human brain: how we learn, process, evoke and forget the verbal knowledge. Based on Damasio and Damasio (2004) (2000), we discuss and speculate on some questions: desymmetrization and invariance in literacy; indirect learning, previous knowledge and practice of reading in the school context; brain plasticity and critical period; diversity of stimulation, emotion and level of processing in memory consolidation; attention and learning. It is argued, finally, the importance of taking into consideration the neuroscience findings for the teaching of the mother tongue.

- Adaptações de Lápis para Usuários com Sequela de Paralisia Cerebral Discinética: Um Estudo Sobre a Usabilidade do Produto

“…A definição da faixa etária do público-alvo da pesquisa se deu com base na plasticidade neuronal. Segundo Guaresi (2014), a idade é um dos fatores que interferem na plasticidade neuronal, pois o aprendizado é favorecido da infância até a adolescência, devido à grande disponibilidade de células nervosas. O autor indica a estimulação da escrita e das habilidades necessárias para seu desenvolvimento, porque geram aprendizado, levando-se em conta a premissa de que o cérebro irá se modificar mediante as experiências do indivíduo.…”

O reconhecimento visual da palavra no processo de aprendizagem inicial da leitura numa abordagem dinamicista

“…A escola é, por excelência, o espaço de construção do conhecimento formal e sistematizado e, nesse contexto, o ensino da leitura e da escrita emerge como um dos seus principais objetivos. Todavia, o desempenho dos alunos nessas atividades revela que a escola tem relativo fracasso nesse propósito (GUARESI, 2014;MANGUEIRA, 2014), especialmente nas classes menos favorecidas.…”

“…Segundo os dados mais recentes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil, entre 65 países participantes, mantém-se nas últimas posições no ranking. Os resultados indicam que o País está abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na avaliação da competência leitora (GUARESI, 2014;MANGUEIRA, 2014). Do mesmo modo, os resultados do Sistema Nacional da Educação Básica -SAEB, IDEB e INAF confirmam esse cenário 1 .…”

Neurociências em educação no Brasil: uma leitura foucaultiana

“…As tecnologias de visualização do cérebro também foram mencionadas diversas vezes como uma comprovação de que a mente estaria no cérebro, para mostrar como ocorreria a aprendizagem ou para mostrar um funcionamento típico e/ou atípico do órgão (STELLA, 1997;FACCHINI, 2001;PINHEIRO et al, 2005;CORSO, 2009;SCHLINDWEIN-ZANINI, 2011;ALVES;NEME;CARDIA, 2014;GUARESI, 2014;TEJADA;SCHMITZ;FARO, 2017;JARDINI, 2018) Neurociências, aprendizagem e processos de subjetivação na pesquisa educacional Como no primeiro conjunto de fontes, o cérebro não foi visto como o único elemento que formaria a mente (e a aprendizagem, consequentemente), já que os fatores ambientais, sociais e culturais também foram descritos como essenciais para tanto (ZILIO, 1996;CORSO, 2009;VASCONCELOS, 2011 HEALY;MASCARELLO;. "Sabemos, também, que a atividade mental depende de três fatores segundo a teoria vygotskyniana: do substrato material, das experiências sociais e/ou culturais e do que o próprio indivíduo faz com essa bagagem" (ZILIO, 1996, p. 76).…”

“…Algumas vezes, a visão localizacionista foi tão somente descrita como um erro ou como algo a ser evitado CORSO, 2009). Numerosas vezes, a ideia de que haveria uma plasticidade cerebral foi usada para contrapor essa visão rígida ou reducionista do cérebro (FACCHINI, 2001;CORSO, 2009;GUARESI, 2014;LINS, 2017). "O principal ensinamento dessa década recai sobre a noção de plasticidade cerebral: o cérebro tem muito mais capacidade de sofrer modificações do que se pensava até alguns anos atrás.…”