Recebido: 25mai15Aceito: 28jan16 Publicado: 31jan16Editado por Vítor Lopes-dos-Santos e revisado por Patrícia BadoResumo. A motivação para escrever esse artigo foi a existência da grande quantidade de reportagens com informações contraditórias, principalmente na área da saúde. Reportagens do tipo, cientistas afirmam que pimentas vermelhas fazem bem para o coração; cardiologistas advertem, pimenta pode ser um veneno para quem tem pressão alta; pimentas o segredo da longevidade, e daí por diante.No caso desses artigos eu não podia opinar mais do que o ceticismo científico e conhecimento leigo me permitiam. Entretanto me ocorreu procurar por artigos de divulgação sobre uma área que tenho experiência profissional, a Estimulação Magnética Transcraniana, também conhecida pela sigla EMT. Não foi surpresa que as reportagens publicadas apresentavam equívocos muito parecidos com àqueles das pimentas. Assim, com o intuito de apimentar um pouco a discussão sobre a divulgação científica, mais especificamente sobre a divulgação da EMT no Brasil, selecionei alguns textos que serão comentados a seguir. Gostaria de salientar que de maneira alguma esse artigo tem a intenção de denegrir a imagem das mídias de divulgação científica, muito pelo contrário, considero de suma importância o papel que as mesmas tem de levar para a população informações que dificilmente chegariam por meio das revistas especializadas.
Palavras-chave. Estimulação Magnética Transcraniana; mídia brasileira; divulgação científica.Abstract. The motivation for writing this article was the existence of large number of reports with conflicting information, especially in health care. Reports like, scientists claim that red peppers are good for the heart; Cardiologists warn: pepper can be poison for those who have high blood pressure; peppers the secret of longevity, and so on. For those articles, I could not express an opinion more than scientific skepticism and lay knowledge allowed me. However, I had the idea to look for scientific reports about my professional area, transcranial magnetic stimulation, also known by the acronym TMS. It was no surprise that the reports about TMS had similar misunderstandings to those of peppers. Thus, in order to spice up the discussion about science communication, more specifically, reports of TMS in Brazil media, I selected some texts that are discussed below. I would like to emphasize that this article has not the intention to disparage the science communication media, actually I consider very important the role that they have, bringing to the lay public information that hardly would get them by the specialized magazines.