Objetivo: analisar o desenvolvimento e aplicação do tratamento diretamente observado em casos de pacientes com tuberculose drogarresistente. Métodos: trata-se de um relato das experiências vivenciadas por acadêmicas de Enfermagem na execução do tratamento diretamente observado a pacientes com tuberculose drogarresistente desde o ano de 2018 até fevereiro de 2020. As informações contidas nos relatos foram adquiridas por meio de prontuários do serviço municipal e pela documentação estruturada mensalmente pelas extensionistas em planilhas do Microsoft Office 2016 durante o acompanhamento dos doentes. Resultados: A.A.M. 68 anos, tabagista e ex-etilista, resistente à Isoniazida e Estreptomicina, 18 meses de tratamento, mostrou-se muito receptivo com a equipe do Tratamento Diretamente Observado, seguindo as orientações passadas e contribuindo positivamente durante o tratamento, apresentando desfecho por cura e alta com exames satisfatórios. A.A.C 64 anos, etilista, tabagista ativo, resistente à Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Estreptomicina, 24 meses de tratamento, apresentou ausência de medidas de autocuidado, negação do diagnóstico, baixa adesão, uso de álcool e tabaco e rede de apoio insuficiente, segue no 19º mês de tratamento. Conclusão: São necessárias medidas de apoio para desestimular o uso do álcool e tabaco através de estratégias e ações multiprofissionais, com vistas no controle da combinação do uso de substâncias com a doença. Além disso, observa-se a necessidade de ações governamentais e intersetoriais que estimulem o combate e controle da TB na Atenção Primária estimulando a criação de vínculo do paciente com a unidade de saúde.
Palavras chave: Tuberculose; Tuberculose Farmacorresistente; Saúde Pública; Adesão à Medicação.