“…Esses achados são coerentes com o fato de as representações sociais da AIDS, já no início da década de 90, incluírem homens e mulheres heterossexuais como não isentos de contágio 13 . A vinculação do sexo saudável à ausência de DST pode ser atribuída, dentre outras possibilidades, ao fato de algumas destas enfermidades terem deixado marcas profundas na sociedade, devido a muitas vezes terem sido vistas como praticamente incuráveis e mortais durante longo período de tempo, sendo associadas também a comportamentos sexuais moralmente desviantes, como ocorreu com a sífilis e a AIDS e, às vezes, por serem comparadas à peste negra ou ao câncer 14 .…”