O emprego de variedades de milho resistentes pode reduzir os danos causados por Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae). Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de três genótipos de milho ao ataque de S. zeamais. Para isso foram realizados testes de atratividade, preferência de oviposição e desenvolvimento de S. zeamais sobre uma variedade de milho crioula, uma variedade de milho pipoca e uma cultivar de milho transgênico (Bt). No teste de atratividade os genótipos foram disponibilizados para S. zeamais, e após 24h foram contabilizados os insetos em cada tratamento. A oviposição foi avaliada pela liberação de 30 adultos em 10 grãos de cada genótipo, com as posturas sendo registradas após 72h. No teste de desenvolvimento, 20 adultos foram confinados em gaiolas com 40g de cada genótipo. Após 30 dias os insetos foram retirados, e as gaiolas foram diariamente vistoriadas durante 60 dias para registro e retirada de adultos emergidos, sendo avaliado a duração da fase imatura, perda de massa, índice de suscetibilidade (IS) e taxa instantânea de crescimento (ri). Os genótipos não influenciaram a atratividade de S. zeamais nem na oviposição, com os milhos pipoca e Bt tendo uma média de seis posturas enquanto o milho crioulo teve uma média de cinco posturas. A duração da fase larval foi 10% mais longa no milho pipoca, além da menor ri (3,43), seguido do milho crioulo (4,09) e Bt (5,09). O milho pipoca teve a menor perda de peso (2,96%), com uma diferença superior a 20%, quando comparado ao milho crioulo (4,18%) e Bt (3,82%). O milho pipoca foi o mais resistente a S. zeamais, apresentando uma possível antibiose.