Restrição do acompanhamento de lactentes prematuros na pandemia da COVID-19: abordagem mista

Abstract

Conflitos de interesse: nada a declarar. ResumoObjetivo: Analisar os fatores associados à restrição do acompanhamento de lactentes que nasceram prematuros e/ou baixo peso durante a pandemia da COVID-19 e a percepção de mães e profissionais de saúde quanto a essa realidade.Métodos: Pesquisa de método misto com delineamento paralelo convergente, realizada com 14 mães de lactentes que nasceram prematuros e/ou baixo peso acompanhados no ambulatório de follow-up de uma maternidade em um município da Paraíba, e quatro profissionais de saúde desse serviço. A coleta de dados foi realizada no período de junho a julho de 2020, concomitantemente, em fonte de dados secundários, constituída de todos os 140 prontuários dos respectivos lactentes para abordagem quantitativa, por meio de entrevista semiestruturada, para abordagem qualitativa. A análise quantitativa ocorreu por estatística descritiva e inferencial, e a qualitativa, conforme análise temática indutiva.Resultados: Houve associação significativa entre a idade dos lactentes e a restrição do seu acompanhamento no follow-up durante a pandemia, com priorização do atendimento presencial dos menores de seis meses, contatos pontuais com os familiares, via ligação telefônica ou aplicativo digital, e lacunas na atualização do calendário vacinal dos que tiveram o acompanhamento interrompido. Isso gerou insatisfação das mães e receio de prejuízos ao desenvolvimento dos lactentes. Também não houve continuidade do cuidado desses na unidade básica de saúde.Conclusão: Houveram restrições no acompanhamento dos lactentes nascidos prematuros no serviço de follow-up durante a pandemia, gerando insatisfação materna e receio de prejuízos ao desenvolvimento de seus filhos.

Trajetórias de mães de bebês prematuros: Revisão integrativa das vivências no cenário da COVID-19

“…Como apresentado anteriormente, é necessário à pequena criança o atendimento de puericultura para prevenção e promoção de saúde e, quando prematuro, esse acompanhamento pode ser ainda mais frequente e demandar de outras intervenções. Sendo o acompanhamento médico essencial às famílias, para que enfrentem as novas exigências do cuidado à criança no domicílio (Reichert et al, 2022).…”