“…A centralidade assumida pela avaliação em larga escala no cotidiano das escolas de Educação Básica, identificada nas pesquisas refletidas nos artigos analisados, foi evidenciada por meio de implicações profusas. Sinteticamente, destaca-se: intensificação do trabalho docente (AMARO, 2016;NOVAES, 2014), provocando a adesão, muitas vezes de forma involuntária, à "corrida performativa" (AMARO, 2016(AMARO, , p. 1971; incentivo e fortalecimento de práticas tecnicistas de treinos para os testes (AMARO, 2013(AMARO, , 2016FERNANDES;NAZARETH, 2018;NOVAES, 2014;WITEZE;SILVA, 2019); estreitamento de currículos, recursos e oportunidades formativas (AMARO, 2013; GARCIA; BIZZO; ROSA, 2019; NOVAES, 2014); incremento das desigualdades entre alunos/as dentro das escolas e entre escolas (GARCIA; BIZZO; ROSA, 2019; IVO; HYPOLITO, 2017); responsabilização pública dos resultados, notadamente, dos fracos ou inferiores resultados (IVO; HYPOLITO, 2017); e ocultação das desigualdades educacionais produzidas pelos contrastes econômicos e sociais próprios da histórica ocupação territorial desordenada dos municípios brasileiros (IVO; HYPOLITO, 2017).…”