As vértebras caudais caninas compõem a cauda do cão, variando em número e tamanho entre as raças, e são fundamentais para o equilíbrio, comunicação e expressão emocional. A caudectomia é um procedimento cirúrgico de amputação dessas vértebras. No entanto, quando por motivos estéticos ou culturais, essa prática tem gerado debates intensos e controvérsias significativas, levantando questionamentos sobre a justificativa para sua continuação. Baseado nisso, este trabalho tem o objetivo de descrever a anatomia das vértebras dos cães e a caudectomia, destacando os danos potenciais que tal mutilação pode causar nesses animais, apoiando-se em uma revisão da literatura. Pesquisas indicam que a cauda é essencial não apenas para a comunicação canina, permitindo aos cães expressarem uma gama de emoções e intenções, mas também desempenha um papel crucial no equilíbrio, especialmente durante a corrida e ao realizar movimentos ágeis. A remoção da cauda pode, portanto, interferir significativamente no comportamento e na capacidade de expressão corporal dos cães, além de potencialmente causar dor, desconforto no período pós-operatório e levar a complicações sérias, como infecções e o desenvolvimento de neuroma de amputação, uma condição dolorosa que ocorre no coto da amputação. Atualmente, muitos países têm adotado leis e regulamentações que restringem ou proíbem a caudectomia em cães, exceto quando necessária por razões médicas. A crescente conscientização sobre o bem-estar animal tem levado a uma mudança de atitude em relação a essa prática, com mais tutores optando por manter a cauda natural de seus cães.