As neoplasias prostáticas são extremamente relevantes na rotina veterinária, visto que as afecções que acometem esse órgão, que é a única glândula sexual acessória do cão, têm um alto grau de malignidade e são localmente invasivas. A incidência de neoplasia prostática é baixa, sendo os animais de meia-idade a idosos (8 a 11 anos) mais predispostos. O diagnóstico definitivo é realizado através do exame histopatológico, entretanto o mesmo acontece muitas vezes de forma tardia, levando a um prognóstico de reservado a desfavorável. Devido à raridade da ocorrência desta neoplasia, sem o aparecimento de metástase, o presente trabalho teve por objetivo descrever a realização da prostatectomia total para exérese de adenocarcinoma em um paciente canino, da raça Maltês, com 10 anos de idade. O animal foi encaminhado para atendimento clínico apresentando incontinência urinária, polaquiu?ria, baixo grau de tenesmo e episódios de diarreia pastosa. Foram realizados exames complementares como hemograma, bioquímico (dosagem de triglicerídeos, colesterol total, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e creatinina), ultrassonografia abdominal, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada do tórax e abdômen e citologia. Após diagnóstico neoplásico, realizou-se a prostatectomia total para exérese do adenocarcinoma prostático, obtendo-se resultado satisfatório. Conclui-se que o procedimento cirúrgico empregado em questão é eficaz para o tratamento de neoplasia prostática em animais com diagnóstico precoce, sem indícios de metástase, no qual é possível realizar toda a ressecção tumoral.
O carcinoma de células escamosas (CCE) é um tumor maligno de origem epitelial comum em animais de pele clara e com exposição prolongada à luz ultravioleta (UV). O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de canino diagnosticado com Carcinoma de Células Escamosas (CCE), sendo realizado exérese cirúrgica com a utilização de retalho de padrão axial da artéria ilíaca circunflexa para correção do defeito. Uma cadela, bulldog francês, com oito anos de idade, foi avaliada apresentando lesão ulcerativa com cerca de 12cm2 em região dorso caudal, próximo ao períneo. O diagnóstico de CCE foi realizado através do exame histopatológico. As margens cirúrgicas estavam livres de tumoração. Optou-se pela utilização de técnica de cirurgia reconstrutiva para fechamento da ferida, sendo realizado o flap da artéria ilíaca circunflexo profunda, não sendo observada nenhuma complicação pós cirúrgica. A técnica foi considerada satisfatória para correção do defeito cirúrgico, permitindo uma exérese completa do tumor.
Objetivou-se avaliar a contaminação por Staphylococcus spp. resistentes à meticilina no campo operatório de cadelas submetidas à ovariohisterectomia. Foram coletadas 40 amostras de swabs de pele (um por animal). Posteriormente, essas amostras foram submetidas à análise microbiológica e molecular. Staphylococcus spp. foram identificados em 16/40 (40%) das amostras, sendo todos Staphylococcus coagulase-positivos. Na prova fenotípica de resistência aos antimicrobianos, 7/16 (43,75%) dos isolados foram resistentes à penicilina G, 8/16 (50%) à oxacilina, 2/16 (12,5%) à cefoxitina, 6/16 (37,5%) à cefalexina e 2/16 (12,5%) à amoxicilina com ácido clavulânico. Na avaliação de perfil genotípico, detectou-se o gene mecA em dois isolados e esses foram identificados através do MALDI-TOF como Staphylococcus pseudintermedius. Os dados obtidos revelaram o primeiro isolamento e identificação de Staphylococcus spp. resistentes à meticilina isolados em cães no estado de Pernambuco, Brasil. O estudo corrobora a necessidade de monitorar o perfil de resistência a antimicrobianos utilizados na medicina veterinária e alerta para o risco que patógenos multirresistentes podem causar a saúde humana e animal.
A ovariohisterectomia (OH) pode ser definida como o procedimento cirúrgico no qual os ovários e útero são removidos. Apesar da OH ser um procedimento frequentemente realizado, existem intercorrências que podem acontecer em consequência de imprecisões na técnica cirúrgica ou na escolha do material para cirurgia. Logo, objetivou-se descrever o caso de uma cadela que apresentou complicações dois anos após uma OH eletiva na qual se utilizou fios de algodão para confecção das ligaduras vasculares. Em uma clínica veterinária de Recife, Pernambuco, foi atendida uma cadela apresentando incontinência urinária e dor abdominal. Após avaliação clínica e realização dos exames complementares (hemograma, bioquímico, ultrassonografia abdominal, eletrocardiograma, ecocardiograma e tomografia computadorizada), suspeitou-se de granuloma inflamatório que poderia ser decorrente do uso de material de sutura inadequado durante a cirurgia. Nessa perspectiva, foi realizada uma celiotomia exploratória, a fim de remover os granulomas que apresentavam aderências no omento, intestino e ureter. Conclui-se que a utilização do fio de algodão estimulou a formação de granulomas necessitando de novo procedimento cirúrgico para removê-los. Diante do exposto, desaconselha-se o uso do referido material em cirurgia.
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