Reports of β-lactam-resistant Staphylococcus aureus in artisanal goat cheese are increasing, and this phenomenon is relevant to public health. The objective of the present study was to determine the prevalence of S. aureus strains carrying the blaZ and mecA resistance genes, as well as the genes encoding the staphylococcal enterotoxins SEA, SEB, SEC, SED, SEE, and TSST-1 in artisanal coalho cheese made from goat milk produced in northeastern Brazil. We used biochemical and molecular tests to characterize 54 S. aureus isolates found in artisanal coalho cheese collected from commercial establishments producing animal products in 11 municipalities of Pernambuco State, Brazil. A PCR analysis revealed that 42.6% (23/54) of the isolates were positive for the blaZ gene, and 7.4% (4/54) were resistant to methicillin by phenotypic testing. We did not detect mecA or any genes encoding enterotoxins. The presence of S. aureus carriers of the blaZ gene and the identification of methicillin-resistant S. aureus strains are of concern for the health of consumers of this type of cheese.
RESUMO A fabricação de queijo coalho artesanal elaborado com leite de cabra é composta pelas etapas de obtenção do leite, refrigeração, manipulação e armazenamento, que aumentam o risco de contaminação do produto. Objetivou-se neste estudo avaliar o nível de contaminação por Staphylococcus aureus em amostras de queijo coalho artesanal produzido com leite de cabra cru no estado de Pernambuco, Brasil, bem como avaliar a concordância entre a técnica oficial da Instrução Normativa nº62/2003 (Mapa) e a técnica molecular (gene nuc) para identificar S. aureus no queijo. Houve crescimento de colônias típicas de Staphylococcus aureus em 100% das amostras, e a contagem variou de 7,0×103 a 8,6×106 UFC/g. Das 30 amostras analisadas, 18 (60,0%) apresentaram valores superiores ou iguais a 105UFC/g, e 21 (70,0%) estavam contaminadas por S. aureus. A concordância entre os métodos de diagnóstico de S. aureus em queijo coalho caprino foi moderada. O nível de contaminação dos queijos revela a necessidade de ações de melhoria das condições de elaboração do produto, a fim de garantir um produto seguro aos consumidores.
Sabe-se que toda intervenção cirúrgica está sujeita à ocorrência de processos infecciosos e que a pele do paciente é uma das fontes de infecção, tornando, portanto, a antissepsia do campo operatório de cães e gatos um procedimento indispensável. A infecção do sítio cirúrgico (ISC) pode se manifestar em até um ano após a realização do procedimento do cirúrgico, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade de pacientes no pós-operatório. A antissepsia é definida como o ato de eliminar micro-organismos existentes nas camadas superficiais e profundas da pele, mediante aplicação de um agente germicida hipoalergênico, de baixa causticidade passível de ser aplicado em tecido vivo. Diversas soluções antissépticas podem ser utilizadas na antissepsia cutânea. Os produtos mais utilizados são o álcool a 70%, iodopovidona 10% e o gluconato de clorexidina alcoólica 0,5% e a 2% que podem ser encontrados em formulações aquosa, alcoólica e degermante. Diante das informações descritas e tendo em vista a importância da prevenção de infecções cirúrgicas na medicina veterinária objetiva-se com este trabalho fazer um levantamento bibliográfico sobre a antissepsia como medida profilática de infecções no pós-operatório de pequenos animais.
Objetivou-se avaliar os achados histopatológicos dos ovários e úteros de cadelas submetidas à ovariectomia (OVE) ou ovariohisterectomia (OVH) visando identificar afecções ovarianas e/ou uterinas não diagnosticadas durante exame clínico, laboratorial e ultrassonográfico pré-operatório ou macroscopicamente no transcirúrgico. Foram selecionadas 20 cadelas, clinicamente saudáveis e não prenhes provenientes da casuística do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que foram divididas em Grupo OVH (10 animais) e Grupo OVE (10 animais). Foram coletados os ovários e úteros obtidos durante o procedimento de OVH, e ovários e dois fragmentos de 0,5 cm do corno uterino direito e esquerdo coletados durante a OVE, sendo estes encaminhados para avaliação histopatológica. Os resultados demonstraram a presença de hiperplasia endometrial cística em 80% dos animais submetidos à OVH e em 20% dos animais do grupo OVE. No grupo OVE, foi identificado a presença de hiperplasia adenomatosa de rete ovarii em uma paciente (10%) e adenoma de rete ovarii em outra (10%), alterações estas, consideradas raras na medicina veterinária. Conclui-se que o exame histopatológico é fundamental no diagnóstico de alterações ovarianas e/ou uterinas, não observadas em exame clínico, ultrassonográfico, laboratorial e macroscópico de cadelas submetidas à castração eletiva pelas técnicas de OVH e OVE, e que essas alterações devem direcionar na decisão da técnica cirúrgica a ser utilizada.
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