2018
DOI: 10.18256/2175-5027.2018.v10i1.2499
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Retorno à Sociedade: Percepções e Experiências de Ex-Detentas

Abstract: Esta pesquisa teve por objetivo identificar a percepção de ex-presidiárias sobre o retorno à vida social e à vida profissional, sobre suas impressões quando da detenção e sobre suas relações com a família e a sociedade. Para isso, foi feita entrevista semiestruturada com cinco mulheres atendidas pelo CRAS (Centro de Referência de assistência Social) do município de Criciúma que já cumpriram a pena e hoje vivem em liberdade. Foi possível identificar que algumas mulheres sofreram discriminações por serem ex-pres… Show more

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“…Ao analisar as percepções e experiências de ex-detentas ao retornarem à sociedade, os pesquisadores Leandro et al (2018), pontuaram que: Quanto à contextualização biotgráfica do público encarcerado, trata-se de pessoas cuja experiência do aprisionamento acumula consequências que agravam o processo de estigmatização e exclusão social. Se para os cidadãos, moradores de periferias, com baixa escolaridade e baixa renda, o acesso a políticas públicas e a oportunidades de ascensão social já são insuficientes e desiguais, em relação ao egresso do sistema prisional, esse contexto de vulnerabilidade é complementado e agravado pelo rótulo de condenado, pela perda da subjetividade, pelo distanciamento dos vínculos familiares e comunitários, pelo atestado de antecedentes criminais e pelo preconceito social que praticamente transforma uma pena temporária de privação de liberdade em pena de perpétua (Leandro et al, 2018). Durante os 20 anos em que esteve privada de sua liberdade na penitenciária, Suzane von Richthofen envolveu-se em romances, saídas temporárias e faculdade.…”
Section: A Realidade Dos Estereótipos Construídos Para Além Daunclassified
“…Ao analisar as percepções e experiências de ex-detentas ao retornarem à sociedade, os pesquisadores Leandro et al (2018), pontuaram que: Quanto à contextualização biotgráfica do público encarcerado, trata-se de pessoas cuja experiência do aprisionamento acumula consequências que agravam o processo de estigmatização e exclusão social. Se para os cidadãos, moradores de periferias, com baixa escolaridade e baixa renda, o acesso a políticas públicas e a oportunidades de ascensão social já são insuficientes e desiguais, em relação ao egresso do sistema prisional, esse contexto de vulnerabilidade é complementado e agravado pelo rótulo de condenado, pela perda da subjetividade, pelo distanciamento dos vínculos familiares e comunitários, pelo atestado de antecedentes criminais e pelo preconceito social que praticamente transforma uma pena temporária de privação de liberdade em pena de perpétua (Leandro et al, 2018). Durante os 20 anos em que esteve privada de sua liberdade na penitenciária, Suzane von Richthofen envolveu-se em romances, saídas temporárias e faculdade.…”
Section: A Realidade Dos Estereótipos Construídos Para Além Daunclassified
“…Ao retornarem para a comunidade, para a vida fora das grades, pouco a pouco, suas identidades de pessoas livres vão sendo restituídas, pelos laços familiares, pelas amizades, pelas relações de trabalho e comunitárias. No entanto, esse processo não é tão simples, muitas vezes estas pessoas têm que lidar com o estranhamento da comunidade, da vizinhança, com a familiaridade reduzida dos movimentos do lugar onde viviam, tudo pode parecer novidade, tamanho o impacto psicológico da cisão de ambientes (Leandro et al, 2018).…”
Section: Encontrando-se Nos Encontros: Identidadeunclassified
“…A segunda subcategoria manifesta pelo relato dos entrevistados denominou-se Abandono de estereótipo, uma vez que a convivência com os alunos privados de liberdade modifica os rótulos, associados ao passado e ao crime cometidos ( Leandro, Córdova, Castro, & Kern, 2018), sobre esses discentes, conforme expressam os entrevistados PB: "[...] e depois com o passar dos anos, eu vi que era um trabalho bom que você se realiza porque você vê o preso de outra forma." e PE: "[...] só o fato de eu entrar já desfez aquela imagem que eu tinha, porque eu pensava que ia ser o tipo de lugar que se bater uma porta eu vou sair correndo porque eu vou achar que está acontecendo alguma coisa [...]".…”
Section: A Realidade Do Professor Encarceradounclassified