O uso de pó de rocha como remineralizador de solos acelera a liberação de nutrientes das rochas e altera os índices de fertilidade do solo, adicionando macro e micronutrientes e promovendo melhorias nas propriedades físico-químicas e biológicas do solo. A produtividade do solo agrícola tropical deve-se principalmente ao uso intensivo de fontes solúveis NPK, mas essas são principalmente importadas e onerosas e sua solubilidade excessiva nem sempre é adequada em áreas tropicais devido à temperatura e chuvas intensas que podem diminuir a eficiência de uso dos nutrientes. A ineficiência de tais fontes, incentiva o Brasil a investir em fontes alternativas de nutrientes. As rochas ricas em biotita podem ser fonte alternativa regional de potássio, reduzindo a importação desse insumo agrícola. Muitos rejeitos de minas e pedreiras são produzidos na Paraíba mas o seu potencial como remineralizadores é desconhecido. O objetivo deste trabalho foi realizar um zoneamento agrogeológico da Paraíba, a fim de definir possíveis zonas de produção e consumo de rochas ricas em biotita. A metodologia baseou-se na avaliação de três planos de informação: geologia, modelo digital de elevação e uso e cobertura do solo. Os resultados mostraram que existe uma fonte considerável de potássio disponível no Estado. A área de produção de rochas ricas em biotita está mais concentrada nas mesorregiões da Mata e Agreste Paraibano, onde, coincidentemente, os solos são consideravelmente intemperizados e fracos em minerais primários. Toda a área de consumo fica a menos de 40 km das áreas de produção, tornando seu uso economicamente viável. Palavras-chave: agromineral silicático, solo tropical, fonte de potássio.