O presente trabalho trata do bioma caatinga sob o ponto de vista da sua degradação e impactos decorrentes a sua fauna e flora, objetivando contribuir com informações e estratégias para auxiliar na conservação da sua biodiversidade, uma vez que se trata de um dos ecossistemas menos conhecidos da América do Sul do ponto de vista científico. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura em diversos artigos e análise de dados governamentais, sendo verificado que a caatinga é pouco protegida por unidades de conservação, com apenas 2% do seu território em áreas protegidas, como parques e reservas biológicas, além de sujeita a variações climáticas, realidade registrada nas últimas décadas, podendo ser afetada pela redução das chuvas e pelo aumento das temperaturas, contribuindo para o aumento da aridez do seu solo e subsequente desertificação, e, sobretudo, múltiplas e recorrentes ações antrópicas, dentre as quais: agricultura de baixa tecnologia, pecuária extensiva, mineração, exploração madeireira insustentável e caça furtiva, bem como queimadas, extração de mata nativa, monocultura de cana-de-açúcar e, principalmente, substituição de espécies vegetais nativas em pastagens, o que promove e/ou favorece a degradação ambiental do bioma, com influência na sua sustentabilidade e preservação da fauna e flora. Faz-se necessário que se questione o modelo de desenvolvimento econômico e urbano e os limites de crescimento das atividades de exploração dos recursos naturais da área, que precisam acontecer de forma sustentável, a fim de que seja possível a restauração do equilíbrio dos processos físicos, químicos e biológicos, o que demanda o desenvolvimento de políticas públicas ambientais, inclusive com a criação de novas unidades de conservação.Palavras-chave: bioma; intervenção antrópica; variações climáticas; fauna; animais silvestres.