As Superfícies de Aplanamento constituem um tema recorrente na Geomorfologia Brasileira desde a década de 1930, tendo aparecido nos trabalhos escritos ao menos desde 1915. Durante os anos 1990 a temática parece ser retomada em novas bases, a partir dos conhecimentos referentes a Neotectônica, por exemplo. Devido a importância do assunto para interpretação da evolução da paisagem brasileira, nos propomos, nesse trabalho, analisar a evolução do conceito de Superfície de Aplanamento no Brasil, entre 1930 e 1970. As interpretações baseadas exclusivamente na teoria do Ciclo Geográfico de Davis, parecem ter predominado até meados da década de 1950, como os trabalhos de Rego (1933), James (1946), Freitas (1951), por exemplo. Com o trabalho de King (1956), uma nova concepção é exposta, baseada nos conceitos de Pediplanação e Pedimentação. Durante a década de 1960, tais estudos foram aprofundados, modificados e complementados com as questões das mudanças climáticas ao longo do tempo geológico e suas consequências morfogenéticas (caso, por exemplo, de BIGARELLA, MOUSINHO e SILVA, 1965; CHRISTOFOLETTI; QUEIROZ NETO, 1961, dentre outros), culminando em 1970 com o trabalho de Oscar Braun. Assim, diante das dos trabalhos analisados, podemos concluir que houve mudanças significativas nas interpretações geomorfológicas a respeito das Superfícies de Aplanamento no Brasil entre 1930 e 1970. Palavras-chave: Superfície de Aplanamento. Relevo Brasileiro. Peneplanos. Primarrumpfe. Pedimentos. Pediplanos.