O estudo se dispõe a apresentar o aleitamento materno como fator benéfico ao desenvolvimento da microbiota intestinal do recém-nascido em comparação com as fórmulas infantis. Trata-se de uma revisão de literatura narrativa com base em artigos encontrados nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico e PubMed. Foram definidos os seguintes critérios para seleção: artigos em português, inglês e espanhol. Estudos em animais foram excluídos. Três artigos preencheram os critérios e foram analisados quanto à influência do tipo de dieta (aleitamento materno exclusivo e/ou uso de fórmulas infantis) na composição da microbiota intestinal. Observou-se que o aleitamento materno exclusivo confere maior diversidade bacteriana à microbiota intestinal do bebê, com predomínio de bifidobactérias, enquanto a alimentação com fórmulas infantis apresenta maior abundância de Escherichia coli. Conclui-se que o leite materno possui fatores exclusivos capazes de modular positivamente o microbioma intestinal do recém-nascido – como bifidobactérias, anticorpos, oligossacarídeos, lactoferrina e lisozima -, mostrando-se superior às fórmulas infantis por favorecer a adesão de bactérias benéficas aos enterócitos e inibir o crescimento de bactérias patogênicas.