Revolutionary Politics of Social Rights? An Ethnographic Account of the Homeless Workers’ Movement in São Paulo

Abstract

Critics of contemporary liberalism question whether the expansion of human and social rights can deliver radical social change. Drawing on ethnographic research in São Paulo, this article challenges this view by analysing how the discourse of rights has been critically redeployed by a radical Homeless Workers’ Movement – the Brazilian Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST). The MTST’s strategic use of a discursive framework of social rights problematises existing scholarship which fails to account for the ways in which activists rework and redeploy ideas of rights in practice. In particular, the article demonstrates the centrality of rights discourse to the formation of radical political subjectivities and the emancipatory goals pursued by the MTST. This counter-hegemonic politics of rights re-signifies liberal discourse, exceeding its conventional juridical boundaries: it creates politicisation in occupations, and it constitutes a strategy of counter-conducts vis-à-vis neoliberal governmentality.

A crise da democracia liberal e a difícil saída pela esquerda: uma análise a partir da luta com o MTST-SP

“…Não estamos tirando nada de ninguém e tampouco atacando o direito à propriedade. É dessa maneira, mobilizando um senso comum legalista e conservador, que um movimento crítico da ordem liberal organiza a luta social e política dos sem-teto (FIERRO, 2019).…”

A desdemocratização e seus contramovimentos no Brasil: da revolta bolsonarista à política popular do MTST

“…Mesmo de uma perspectiva subjetiva, o léxico dos direitos não tem grande potencial transformador e tende a promover a acomodação com a ordem liberal hegemônica, mesmo que ela esteja progressivamente esvaziada de qualquer direito social, como é o caso brasileiro. Fierro (2019), no entanto, recorre a autores que demonstraram como a reivindicação pela garantia de direitos que o Estado neoliberal ignora ou é incapaz de assegurar pode ter efeitos disruptivos. A narrativa empregada pelo MTST e seu repertório de ação permitiriam pensar em uma luta apoiada na categoria supostamente conservadora dos direitos e que tenha, ao mesmo tempo, uma dimensão eminentemente revolucionária.…”