Este artigo propõe fazer face à contemporaneidade, que acentua as dimensões cultural e transnacional dos dispositivos. Ao mapear as principais concepções teóricas sobre ‘efeito de verdade’ e performatividade é introduzida uma frente que busca por respostas ao sobre a dominação tecnológica, ou, quer seja, a sociotécnica dos dispositivos na modernidade. E nessa empreitada a importância do Estado é inegável. Ao induzir mercados no uso das métricas e dispositivos, dado seu papel de regulador, os Estados se tornam alvo dos próprios dispositivos. E, por fim, é apresentado um rápido quadro contextual das implicações dos dispositivos – trata-se nada menos que uma reflexão sobre os efeitos estratificadores das classificações econômicas, em situações de classificação que moldam, inclusive, oportunidades para o futuro e para a vida de indivíduos; quer, novamente, sobre os Estados Soberanos e as “múltiplas mãos” que tentam reter e dominar o Estado.