Objetivo: Avaliar índice de conicidade de pacientes adultos atendidos em um Ambulatório de Nutrição, associá-lo com presença de patologias e compará-lo a indicadores antropométricos quanto à sua eficácia como preditor de risco cardiometabólico. Metodologia: Estudo observacional com dados secundários de prontuários. Dados socioeconômicos, antropométricos (peso, índice de massa corporal, circunferência da cintura, do pescoço e índice de conicidade), número de consultas e hábitos de vida, foram obtidos e comparados entre a primeira e última consulta. As análises foram realizadas no pacote estatístico Stata® 11.1, com nível de significância de 5%. Resultados: Amostra constituída por 164 adultos, sendo 114 (70%) mulheres. A maioria apresentava hipertensão (45%), sedentarismo (48%), peso acima do ideal (90%) e valores de CC(82%), CP (82%) e IC (88%) acima do recomendado. A maioria apresentou perda de peso (77%), sendo que 29% perdeu mais de 5% do peso inicial, além de melhora significativa nos hábitos alimentares, principalmente pelas mulheres. O índice de conicidade associou-se significativamente com os indicadores antropométricos analisados; foi mais sensível nas mulheres quanto à classificação de risco de complicações metabólicas e cardiovasculares, e apresentou valores significativamente maiores nos hipertensos e diabéticos. Conclusão: É importante o acompanhamento nutricional para melhoria dos hábitos de vida dos pacientes, assim como a utilização do IC, que associou-se com hipertensão e diabetes,sendo mais sensível nas mulheres em relação ao risco de complicações cardiometabólicas do que a CC e CP, demonstrando ser um bom indicador antropométrico,capaz de possibilitar a detecção precoce da obesidade e da distribuição de gordura.