A interação medicamentosa (IM) ocorre principalmente devido automedicação, polifarmácia ou erros de prescrição. Indivíduos hipertensos geralmente necessitam mais de um medicamento no tratamento, aumentando a probabilidade de possíveis IM proporcionais a quantidade de medicamentos utilizados, podendo levar a diferentes consequências como alterações no efeito farmacológico, reações adversas, toxicidade acumulativa, comorbidades ou morte. A classe terapêutica anti-hipertensivos, que se subdivide em diversas classes farmacológicas com o mesmo uso terapêutico, é a classe que mais se destaca em IM e fármacos anti-hipertensivos de classes farmacológicas diferentes podem interagir entre si e com outras classes de medicamentos em geral. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar estatisticamente as principais classes farmacológicas e os principais fármacos relacionados a IM com anti-hipertensivos por meio de uma revisão sistemática de literatura selecionando trabalhos publicados nos últimos vinte anos. As interações medicamentosas foram avaliadas segundo a gravidade, classificadas em leves, moderadas e graves. As classes farmacológicas causadoras de IM com anti-hipertensivos mais frequentes foram os hipoglicemiantes, anti-inflamatórios não esteroides (AINES), diuréticos e combinação de dois tipos diferentes de anti-hipertensivos. Já os fármacos anti-hipertensivos que se destacaram em IM foram captopril, enalapril, hidroclorotiazida, propranolol, atenolol, anlodipino, amiodarona, losartana, espironolactona e furosemida. Portanto, os profissionais da área da saúde precisam se atentar para reações adversas oriundas dessas potenciais IM, notificar e intervir quando necessário para melhorar a eficiência do tratamento farmacológico evitando prejuízos à saúde.