A enfermagem se depara e convive cotidianamente com inúmeros estressores, internos e externos, os quais comprometem sua saúde, qualidade de vida, interferem no desempenho profissional e podem colocar em risco à segurança da assistência à população. Esta pesquisa tem como objetivo analisar na literatura evidências científicas sobre resiliência de profissionais de enfermagem, no âmbito hospitalar, como subsídio para execução de ações e, intervenções educativas e promotoras da saúde para prevenção do seu adoecimento, inclusive para melhor enfrentamento da pandemia COVID-19, manutenção da qualidade da assistência aos pacientes, instituições de saúde e sociedade. Trata-se de uma revisão integrativa, dos artigos publicados nos últimos 10 anos e indexados nas bases Web of Science, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (Medline, SciELO, Lilacs). Foram avaliados 15 artigos na íntegra. Estabeleceram-se quatro categorias analíticas: “Caracterização das evidências científicas”; “Aspectos pessoais, ambientais e culturais intervenientes na resiliência da Enfermagem e no enfrentamento da pandemia”; “Fatores de risco para adoecimento e resiliência”, e “Resiliência da Enfermagem e interferência no cuidado hospitalar de indivíduos em sofrimento psíquico e no processo de morte”. O sofrimento físico e mental da Enfermagem tem se perpetuado e agravado durante a pandemia. Conhecer perfil de adoecimento do trabalhador e características do ambiente laboral é condição sine quanon e possibilita diagnóstico situacional preciso, reconhecimento de fatores de risco e estabelecer estratégias direcionadas à melhoria das condições de trabalho, qualidade de vida e redução do adoecimento profissional.