RESUMO:Megaesôfago é caracterizado por uma dilatação esofágica com comprometimento do seu peristaltismo. O presente estudo relata um caso clínico de megaesôfago secundário a estenose esofágica em uma gata, siamesa, com 1 ano de idade, com histórico de regurgitação crônica refratária ao tratamento. O animal apresentava histórico de vômito recorrente após ser submetida à castração e receber medicação pós-operatória na forma de comprimidos. O paciente apresentava emagrecimento progressivo, regurgitação crônica e grave desidratação. O exame radiográfico mostrou acúmulo de conteúdo no esôfago torácico sugerindo obstrução que foi confirmado no exame contrastado. A paciente foi estabilizada e submetida à esofagectomia para restabelecimento do fluxo da ingesta no esôfago. No pós-operatório recebeu tratamento suporte com fluido intravenoso, antibiótico e antiinflamatório e foi instituído manejo alimentar com dieta líquida ministrada com o animal em posição bipedal. A recuperação do paciente foi satisfatória. Concluindo-se que a estenose esofágica é uma alteração grave que pode levar ao megaesôfago e que seu tratamento pela esofagectomia parcial e manejo alimentar é eficiente permitindo a completa recuperação do animal.Palavras-chave: Esôfago. Gato. Regurgitação. Dilatação. Megaesôfago.
ESOPHAGEAL STENOSIS WITH MEGAESOPHAGUS IN CAT: CASE REPORT SUMMARY:Megaesophagus is characterized by an esophageal dilation with commitment of its peristalsis. This study reports a case of megaesophagus secondary to esophageal stricture in a cat, Siamese, 1 year old, with a history of refractory chronic regurgitation treatment.The animal had repeated vomiting history after undergoing castration and receive postoperative medication in tablet form. The patient had progressive weight loss, chronic regurgitation and severe dehydration. The radiographic examination showed content accumulation in the thoracic esophagus suggesting obstruction was confirmed on contrast examination. The patient was stabilized and underwent esophagectomy for restoring the intake flow in the esophagus. The animal received postoperative treatment with intravenous fluid support, antibiotic and anti-inflammatory and feed management was instituted with liquid diet given to the animal in bipedal position. The patient's recovery was satisfactory. It concluded that esophageal stenosis is a serious condition that can lead to megaesophagus and that his treatment by partial esophagectomy and feeding management is efficient allowing full recovery of the animal.