A experimentação de drogas na adolescência passa a ser considerada como uma das principais preocupações das representações sociais e a escola tem sido considerada um espaço importante para o desenvolvimento da prevenção, ações educativas e a promoção da dignidade humana com equidade. Desta forma, é oportuno entender o papel que a educação escolar em relação ao tema e sobre as possibilidades das ações preventivas que os gestores, pedagogos e professores poderão assumir nas dependências das escolas. Nesse sentido, este artigo apresenta resultados de uma pesquisa-ação realizada em 8 escolas públicas da zona urbana e rural do município de Urucurituba AM, na qual se investigaram as formas como são trabalhados o tema drogas nas componentes curriculares da rede municipal de ensino e tentar responder à questão – como combater nas escolas? -, bem como, o que é possível e pertinente desenvolver nesse âmbito na visão dos participantes. Para tanto, foram utilizados diversos instrumentos de investigação, tais como reuniões técnicas, encontros com os professores, aplicação de aulas e questionários aos participantes. O estudo teve como sujeitos gestores, pedagogos e professores que atuam no ensino fundamental anos iniciais e finais. Através dos seus feedbacks, permitiu sistematizar fatores que associam o uso de entorpecentes pelos alunos, a prevenção do uso de drogas na escola e elementos que podem subsidiar as práxis desses profissionais. Como resultados, os posicionamentos e conhecimentos prévios encontram-se em consonância com os modelos preventivos da atualidade, como o oferecimento de alternativas, a educação para saúde, a mudança no ambiente escolar e o treinamento de habilidades para a vida através do modelo de municipalização. Conclui-se que os saberes e representações sociais dos participantes foram positivos na implementação de ações educativas, os quais, pode qualificar projetos e programas de prevenção ao consumo de drogas a serem desenvolvidos na escola.