“…No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, encontramos o PCB um tanto quanto acéfalo e golpeado; de um lado, pela repressão implacável do regime militar e, de outro, espremido por novos movimentos sociais emergentes. Segundo Pandolfi (1995), os comunistas participaram do processo de luta e redemocratização do período, mas tiveram seu protagonismo relativizado e suplantando por outros novos atores que emergiram no processo de transição, dando ao PCB um semblante de anacronismo político, como se fosse um partido do passado. Além do mais, conforme já referido, o PCB, em virtude da sua tática mais moderada e em franca aliança com o MDB, acabava por gerar menor clandestinidade, consequentemente, maior exposição de seus militantes, ocasionando muitas vezes prisões generalizadas de quadros da sua agremiação, principalmente a partir do ascenso da viragem eleitoral de 1974.…”