Atualmente, sabe-se que a alimentação está relacionada com a performance desportiva, podendo melhorar o rendimento e a recuperação do exercício através de estratégias nutricionais bem escolhidas e individualmente planeadas. Este estudo objetiva estudar as práticas alimentares e de atividade física dos utilizadores de quatro ginásios do Norte de Portugal. Para isso, foi efetuado um estudo epidemiológico transversal, baseado numa amostra de 228 indivíduos. Para recolha dos dados foi aplicado um inquérito com questões sobre dados sociodemográficos, modalidade(s) praticada(s), prática de padrões alimentares específicos e um recordatório alimentar das últimas 24h. Os dados antropométricos foram objetivamente medidos. Relativamente ao tipo de dieta praticada, quando questionados entre dieta mediterrânica, hiperproteica ou outras, verificou-se que a maioria dos utilizadores de ginásio não assumiram praticar nenhum tipo de dieta específica (80,8%). Os indivíduos que assumiram seguir uma dieta hiperproteica apresentam valores de IMC significativamente superiores. Verificou-se que o consumo energético e nutricional não diferia significativamente, considerando o tipo de dieta que os utilizadores de ginásio seguiam, mas já em relação ao género, encontraram-se diferenças significativas. Quanto ao tipo de modalidade desportiva praticada, aqueles que praticavam modalidades de força foram os que apresentaram maior consumo de proteína. Aqueles que frequentavam o ginásio há mais tempo apresentaram maior consumo de fruta, enquanto aqueles que frequentavam o ginásio há menos de 3 meses apresentaram menor consumo de carne, peixe e ovos. A maioria dos utilizadores assumiu não praticar nenhum tipo de dieta. No entanto, a maioria dos inquiridos apresentou dietas hiperproteicas, sendo que aqueles que praticavam modalidades de força apresentaram maior consumo de proteína. Também se verificaram diferenças significativas na ingesta nutricional e alimentar dos utilizadores de ginásio quando o tipo de dieta foi tido em consideração, pois aqueles que assumiram praticar uma dieta hiperproteica consumiram significativamente mais hortícolas e carne, peixe e ovos.