A doença covid-19 tem amplo espectro de apresentação clínica, que vai desde indivíduos que não manifestam sintomas aos pacientes com doença respiratória grave que podem progredir para o óbito. Pessoas que vivem com HIV são particularmente mais vulneráveis a contrair o SARS-CoV-2 e a desenvolver formas graves da doença, tendo, inclusive, maior risco de hospitalização e morte. Ainda há muito a ser investigado sobre o HIV e a covid-19, então o objetivo deste estudo foi explorar os principais aspectos clínicos e biológicos da coinfecção. Assim sendo, este estudo se trata de uma revisão sistemática sobre a coinfecção de HIV e covid-19 elaborada a partir de um levantamento de artigos publicados de março de 2020 a dezembro de 2023 nas bases de dados SCIELO, BVS e Pubmed. Os descritores utilizados foram covid-19, vírus SARS-CoV-2, HIV, coinfecção, sintomas e biologia, sendo feita a combinação entre estes descritores através do operador booleano ‘’and’’. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 28 artigos foram selecionados para a construção da revisão sistemática. Em relação aos achados clínicos da coinfecção de covid-19 e HIV, observou-se que os sintomas mais comumente encontrados foram semelhantes aos de pacientes com covid-19 e sem HIV e, dentre eles, os mais frequentes foram febre, tosse, dispneia e mialgia. No que diz respeito aos aspectos biológicos da coinfecção de HIV e covid-19, ambas as doenças provocam desregulação do sistema imune do hospedeiro, o que justifica a alta morbimortalidade decorrente da coinfecção.