Objetivos: Este estudo objetiva avaliar e comparar as Equipes de Saúde da Família (ESF) e Equipes de Atenção Primária (EAP) e as ações de Educação em Saúde para a população idosa desenvolvidas em serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa com 80 idosos de oito municípios da Serra Gaúcha, sendo quatro deles com ESF e quatro com EAP. Aplicaram-se entrevistas semiestruturadas através do instrumento de avaliação da qualidade de serviços (SERVQUAL), adaptado para a APS, com a inserção de questões em outra dimensão: Educação em Saúde. Após a transcrição do material, este foi analisado à luz da abordagem hermenêutico-dialética. Resultados: Não se evidenciaram grandes diferenças entre as equipes de ESF e EAP, exceto pelos atendimentos domiciliares, mais frequentes nos locais com ESF. A valorização da consulta médica e da medicalização, a importância do vínculo entre idoso e o profissional para a longitudinalidade do cuidado, situações de acolhimento frágil relatados em ESF e EAP, assim como a avaliação positiva dos aspectos tangíveis (estrutura física, ambiência) emergiram em ambas as equipes. Identificou-se, ainda, relevância secundária do Agente Comunitário de Saúde, referido pelos idosos como informante do serviço de saúde. Conclusões: A satisfação dos idosos em relação ao serviço de saúde associa-se à garantia do cuidado através dos dispositivos existentes na APS: consultas, medicações, grupos educativos. Dessa forma, a qualificação e humanização do cuidado deveriam ser praticadas por todas equipes da APS.