Introdução: a pandemia de COVID-19 se apresentou como uma intensa crise sanitária no mundo. Foram considerados os principais fatores de risco: idade avançada, ser do sexo masculino, presença de doenças crônicas, obesidade, fator racial/étnico, bem como piores condições socioeconômicas. Objetivo: o objetivo foi investigar a associação entre a COVID-19 e faixa etária, sexo, raça/cor, condições de saúde e sintomas. Metodologia: o estudo do tipo transversal, empregou dados dos prontuários e fichas de notificação compulsória de COVID-19 dos usuários assistidos na Unidade de Saúde. Para a análise dos dados, utilizou-se o pacote estatístico STATA® da StataCorp LLC, versão 14.2. A análise bivariada, segundo a presença de COVID-19, foi realizada com o emprego do teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. A análise múltipla adotada foi a modelagem de regressão logística não-condicional. Resultados: a amostra incluiu 239 indivíduos e 38% apresentaram diagnóstico positivo para COVID-19. As alterações gustativas e olfativas foram sintomas mais frequentes entre indivíduos com resultado positivo para COVID-19, quando comparados àqueles sem a doença. O modelo de regressão logística, ajustado por sintomas apresentados e raça/cor, apresentou associação estatisticamente significante entre ser idoso e ter diagnóstico positivo para COVID-19 (OR: 2,23; IC95%: 1,01- 4,98). Conclusão: as alterações gustativas e a faixa etária foram as características associadas à COVID-19. O estudo valida a necessidade de elevação da qualidade dos registros gerados na Atenção Primária à Saúde, reforçando a necessidade de espaços com profissionais de saúde para que seja desenvolvida uma política de informação em saúde que fortaleça o Sistema Único de Saúde.