Objetivo: Descrever a avaliação de pessoas privadas de liberdade sobre a assistência de enfermagem recebida no ambiente hospitalar. Métodos: Pesquisa qualitativa realizada em unidades de clínica médica e cirúrgica de três hospitais públicos, de capitais da região Nordeste do Brasil, referência em atendimento de urgência e emergência. A partir da aplicação técnica de exaustão, a amostra foi composta por 17 custodiados, do sexo masculino, em internação hospitalar. Para a coleta de dados, utilizou-se entrevistas semiestruturadas. Submeteu-se os dados à metodologia da análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Emergiram três categorias de análise: Percepção sobre o cuidado, Protocolo de segurança e Direitos das pessoas privadas de liberdade. Os sujeitos relataram insatisfação na garantia dos seus direitos, especificamente quando se referem à autorização de visitas; descrevem a realização de cuidados com distinção e preconceitos evidentes e reconhecem que o uso da algema e a presença do policial penal geram uma atmosfera de medo entre os profissionais e os demais pacientes na ala hospitalar. Conclusão: A avaliação sobre a prática assistencial hospitalar é positiva embora seja evidente a necessidade de refletir sobre a (re)organização do processo de trabalho, afinal a qualidade da assistência de enfermagem não se refere exclusivamente a habilidades técnicas.