RESUMO-Existem poucas informações quanto à fitorremediação do herbicida sulfentrazone, reforçando assim a necessidade de pesquisas que visam oferecer alternativas seguras para sua utilização em sistemas que integram a sucessão/rotação de culturas, focando a sustentabilidade da produção agrícola, sem prejuízos ao sistema produtivo e ao ambiente. Com isso, objetivou-se neste trabalho avaliar a influência da densidade populacional de Canavalia ensiformis sobre a fitorremediação de solo contaminado com o herbicida sulfentrazone. O experimento constou de um fatorial 4 x 3, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. O primeiro fator foi constituído pela combinação de quatro densidades populacionais da espécie fitorremediadora C. ensiformis (0; 10; 20 e 40 plantas m-2) e o segundo por três doses do herbicida sulfentrazone (0; 200 e 400 g ha-1). Aos 75 dias após a emergência, as plantas foram cortadas na altura do coleto. Nesse mesmo período, efetuouse, no próprio vaso, a semeadura da espécie bioindicadora da presença do sulfentrazone, milheto (Pennisetum glaucum), na qual foram avaliadas a fitotoxicidade, a altura e a biomassa fresca e seca da parte aérea e da raiz. O cultivo prévio da espécie fitorremediadora C. ensiformis promoveu a remediação do solo contaminado com sulfentrazone. A densidade populacional mínima de C. ensiformis que possibilita o desenvolvimento do milheto é de 10 plantas m-2. Todavia, melhores resultados foram obtidos na densidade de 40 plantas m-2. Palavras-chave: Descontaminação do solo. Adubos verdes. Herbicida. Biorremediação. ABSTRACT-There is little information on the phytoremediation of the herbicide sulfentrazone. This reinforces the need for research aimed at providing safe alternatives to its use in systems that integrate crop succession or rotation, focusing on the sustainability of agricultural production, and without harming the production system or the environment. The aim of this study therefore, was to evaluate the influence of population density in Canavalia ensiformis on the phytoremediation of soil contaminated with the herbicide sulfentrazone. The experiment consisted of a 4 x 3 factorial in a completely randomised design with four replications. The first factor comprised a combination of four population densities of the species C. ensiformis, used in phytoremediation, (0, 10, 20 and 40 plants m-2), and the second of three doses of the herbicide sulfentrazone (0, 200 and 400 g ha-1). At 75 days after emergence, the plants were cut level with the collar. At the same time, pearl millet (Pennisetum glaucum), a bioindicator species for sulfentrazone, was planted in each pot, and the phytotoxicity was evaluated together with the height, and fresh and dry shoot and root biomass. Earlier cultivation of the species, C. ensiformis, helped remediation of soil contaminated with sulfentrazone. The minimum population density of C. ensiformis which allows millet to develop is 10 plants m-2 ; however, better results were obtained at a density of 40 plants m-2 .