Introdução: Pterígio caracteriza-se pelo crescimento benigno fibrovascular, que surge da conjuntiva e se estende para a córnea. Atualmente a excisão cirúrgica, com enxerto autólogo de conjuntiva, constitui-se o tratamento padrão-ouro. No entanto, a sutura do enxerto é uma etapa demorada podendo induzir ao processo inflamatório local. Objetivo: Comparar os estudos sobre tratamento cirúrgico de pterígio confrontando a efetividade do adesivo tecidual de fibrina com as suturas no enxerto autólogo de conjuntiva. Método: Tratou-se de revisão integrativa utilizando-se da estrutura PICO para elaboração da pergunta norteadora. Os estudos foram levantados nas bases de dados: Cochrane Library, Medline via portal PubMed (US National Library of Medicine Nation all Institutes of Health), Lilacs, Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Science direct. A ferramenta utilizada para indexação e recuperação de assuntos na literatura foi Descritor de Ciências da Saúde. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos, randomizados, publicados entre 2015 a 2020 e disponíveis na íntegra. Resultados: Identificou-se duzentos e oitenta e um estudos, no entanto após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram apenas cinco artigos. O tempo cirúrgico variou entre os tipos, sendo de 3,6 minutos a 20,17 ± 3,23 minutos para adesivo de fibrina e de 13,3 minutos a 32,42 ± 4,47 minutos para as suturas. Dentre os desconfortos oculares estavam sensação dolorosa e de corpo estranho, hiperemia conjuntival, hemorragia, edema e secreção. A recorrência foi observada em 19,9% dos voluntários dos estudos sendo 19,8% após o uso do adesivo de fibrina. Conclusão: Adesivo de fibrina mostrou-se seguro e eficaz para fixar enxerto autólogo de conjuntiva nas cirurgias de remoção de pterígio, mostrando-se capaz de reduzir o tempo operatório e as principais queixas dos pacientes no pós operatório imediato. No entanto, não oferece redução na taxa de recorrência, por isso deve-se atentar para risco aumentado de hemorragia conjuntival.Palavras chave: Pterígio, Adesivo tecidual de fibrina, Suturas ABSTRACT Introduction: Pterygium characterized by benign fibrovascular growth that arises from the conjunctiva and extends to a cornea. Currently, surgical excision with autologous conjunctival autograft is the gold standard treatment. However, suturing the graft takes a long time and induces a local inflammatory process. Objective: To compare studies on the surgical treatment of pterygium confronting the effectiveness of fibrin tissue adhesive with sutures in conjunctival autograft. Methodology: It was an integrative review using the PICO structure to elaborate the guiding question. The studies were surveyed in the databases: Cochrane Library, Medline via PubMed (US National Library of Medicine Nation all Institutes of Health), Lilacs, Scielo (Scientific Electronic Library Online) and Science direct. The tool used for indexing and retrieving subjects in the literature was a Health Sciences Descriptor. The inclusion criteria were: clinical trials, randomized, published between 2015 and 2020 and available in full. Results: Two hundred and eighty-one studies were identified, however, after applying the inclusion and exclusion criteria, only five articles remained. The surgical time varied between types, ranging from 3.6 minutes to 20.17 ± 3.23 minutes for fibrin adhesive and 13.3 minutes to 32.42 ± 4.47 minutes for sutures. Among the eye discomforts were a painful sensation and a foreign body, conjunctival hyperemia, hemorrhage, edema and secretion. Recurrence was observed in 19.9% of the study volunteers, with 19.8% after the use of fibrin adhesive.Conclusion: The use of fibrin glue is safe and effective for fixing the autograft in pterygium removal surgeries, proving capable of reducing the operative time and the main complaints of patients in the immediate postoperative period. However, it does not offer a reduction in the recurrence rate and attention should be paid to the increased risk of conjunctival hemorrhage.Keywords: Pterygium, Fibrin tissue adhesive, Sutures