“…4), ou seja, a reciprocidade, a redistribuição, a autossuficiência 2 e o mercado, torna-se cada vez mais importante em diversos trabalhos sobre a economia solidária. As nuances existem conforme os princípios são entendidos como modalidades de mobilização de recursos (Lemaitre, 2013), como modos de organização econômica associados a diferentes modelos institucionais -respectivamente a simetria, a centralidade, a autarquia e o mercado (Vázquez, 2013)-, ou ainda como princípios de interdependência entre os quais a reciprocidade, que se funda sobre diferentes tipos de complementaridade instituídos, caracteriza a economia solidária (Servet, 2013). Apesar dessas nuances, esse enquadramento é considerado como adequado em diversos trabalhos para abordar a questão central da articulação entre as práticas solidárias fundadas em um princípio de reciprocidade, o princípio de mercado associado ou não à lógica capitalista, a redistribuição assegurada pelo Estado ou por instâncias públicas ou privadas em diferentes níveis e o princípio de autossuficiência, predominante, sobretudo nas unidades domésticas da economia popular (Coraggio, 1998;Hillenkamp, 2013).…”