No início da pandemia da COVID-19, houve um importante movimento para a descoberta de fármacos eficazes no tratamento da patologia, o que levou médicos de todo o mundo ao desespero e à necessidade emocional de oferecer “algo” aos seus pacientes, mesmo sem comprovações científicas. Objetiva-se neste estudo, através da análise de prontuários hospitalares de pacientes internados numa Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital do Meio Oeste catarinense, investigar o desfecho da utilização de fármacos preconizados para o tratamento precoce contra COVID-19 num comparativo entre os anos de 2020 e 2021. Observou-se neste estudo que a maior frequência de internação foi do sexo feminino com 53,3%, a média de internação foi de 13,7±8,5 dias, as altas por óbitos corresponderam a 33,3% e por melhora a 66,7% das saídas da UTI, nos anos de 2020 e 2021, respectivamente. Sabe-se ainda que 93,3% dos pacientes utilizaram algum medicamento preconizado para o tratamento precoce contra a COVID-19 de forma intra-hospitalar e 37,5% dos pacientes de forma extra hospitalar. Ademais, observa-se que a administração dos medicamentos profiláticos conhecidos como “Kit Covid”, não pode ser vinculado diretamente a melhora ou piora dos pacientes, corroborando com estudos até agora publicados.