O presente estudo consistiu na avaliação intrínseca dos dados do OSM e dos aspectos espaço-temporais no estudo de caso do rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais. Partindo da premissa de que os dados colaborativos do Openstreetmap (OSM) podem ser utilizados no gerenciamento de crises humanitárias. A utilização da plataforma do OSM, como base para aquisição de dados geoespaciais se deu pelo elevado número de contribuidores e dados gerados. A partir do recorte da área afetada pelo desastre, foi realizada uma análise quantitativa das edições ao longo do tempo, o que permitiu avaliar um dos potenciais do OSM, considerando os impactos das ações do Humanitarian OpenStreetMap Team (HOT), que através de Mapatonas gerou uma quantidade significativa de dados em um curto intervalo de tempo. A metodologia utilizada consistiu em uma análise de regressão realizada no ambiente do Google Collaboratory que por meio de código em Python que mostrou a quantidade de edições naquela região e uma análise dos vetores gerados, adquiridos por meio de um plugin do QGIS chamado QuickOSM. Os resultados mostraram que foram gerados, aproximadamente 8000 registros em um intervalo de uma semana após o desastre, sendo 5000 em um único dia. A partir daí pode-se concluir que as ações de mapeamento do Humanitarian OpenStreetMap Team possuem potencial para o fornecimento de uma resposta rápida acerca das dinâmicas de alteração do solo causadas por desastres ambientais.