RESUMOA potência muscular apresenta relação com o tipo II de fibra muscular, com a capacidade glicolítica e com a coordenação motora, mas as características antropométricas podem estar relacionadas com esta aptidão. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre o pico de potência anaeróbia e o volume da coxa, assim como sua associação com outras variáveis antropométricas. Participaram do estudo 31 adolescentes do sexo masculino, praticantes de treinamento sistematizado de basquete, com idade média de 15,16 ± 1,11 anos, em estágio 3 e 4 de maturação sexual. As medidas antropométricas da perna e coxa, assim como o cálculo do volume da coxa, foram obtidos por meio das medidas de circunferência e comprimento, seguindo protocolo proposto por Sady et al. (1982). O pico de potência anaeróbia foi mensurado mediante teste de potência anaeróbia de Wingate. Foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão) para a caracterização da amostra. Para verificar o grau de correlação entre o volume da coxa e o pico de potência anaeróbia foi utilizado o teste de correlação binária de Pearson. Para observar a correlação entre o pico de potência anaeróbia e as variáveis antropométricas, foi feita a análise de regressão linear múltipla. Verificaram-se correlações significativas entre as variáveis antropométricas e a potência anaeróbia, havendo forte correlação da massa magra e o volume da coxa com a potência relativa e absoluta. Por meio da análise de regressão, a massa magra corporal determinou 83% da potência anaeróbia nestes adolescentes. Nossos resultados indicam que a potência anaeróbia está correlacionada com as medidas antropométricas, e a massa magra foi determinante no desempenho anaeróbio. As medidas dos comprimentos corporais e sua associação com as demais variáveis são relevantes para futuros estudos a ponto de predizer novos modelos preditivos para determinação do desempenho anaeróbio.