Síndrome do desfiladeiro torácico: uma revisão narrativa.

Abstract

RESUMO A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é causada pela compressão do plexo braquial, artéria subclávia e veia subclávia na região do desfiladeiro torácico. Estas estruturas podem ser comprimidas entre a clavícula e a primeira costela ou por um número de variações anatômicas. A compressão neurológica é a forma mais comum da síndrome do desfiladeiro torácico. Complicações vasculares ocorrem com pouca frequência. Complicações arteriais geralmente resultam da compressão da artéria subclávia por costela cervical completa. As complicações venosas estão muitas vezes relacionadas à compressão muscular da veia subclávia. A forma neurogênica, anteriormente descrita, é a mais comum, constituindo mais de 95% dos casos. Já a forma venosa representa 2% a 3% e, a arterial, cerca de 1% dos casos. Fatores de risco incluem biótipo e variações individuais, como genética, idade e sexo. No Brasil, não há dados acerca da epidemiologia da SDT. Diante da suspeita de SDT é necessária uma avaliação clínica detalhada, seguida de exames complementares para elucidação da causa. O tratamento é direcionado de acordo com a etiologia e a presença ou não de complicações. A proposta do presente trabalho foi realizar uma revisão narrativa sobre a SDT, versando sobre sua etiologia, fisiopatologia, epidemiologia, avaliação clínica, exames complementares, diagnósticos diferenciais e tratamento.

Thoracic Outlet Syndrome: A Narrative Review

“…The epidemiology of TOS is not firmly established, likely due to a lack of agreement regarding universal diagnostic criteria [8]. The existing data suggest an average incidence of TOS between 3 to 80 cases per 1000 people, typically affecting adolescents to middle-aged adults, especially females between the ages of 20 and 50 [4,9,10]. As mentioned above, TOS is usually subclassified into nTOS, vTOS, and aTOS.…”

“…As mentioned above, vascular TOS may be subdivided into vTOS and aTOS, depending on the compromised structures on presentation. vTOS is often associated with repetitive upper extremity activity and is seen in active young males, with symptoms presenting in the dominant arm [4,12]. Typical symptoms of vTOS include cyanosis in the distal arm, as well as stiffness and tension in the superficial veins of the upper extremity [16,17].…”

“…Typical symptoms of vTOS include cyanosis in the distal arm, as well as stiffness and tension in the superficial veins of the upper extremity [16,17]. In comparison, aTOS does not follow a gender distribution and is instead often linked to young adults with the presence of certain congenital anomalies such a cervical rib [4]. While aTOS presents the least frequently, it is associated with the most dangerous clinical presentation and usually presents with pain and weakening of the radial pulse with large arm movement, as well as pallor, weakness, and fatigue [13,[18][19][20].…”

“…There are many potential causes of TOS, ranging from congenital anomalies to repetitive motion injuries, all of which result in compression of the neurovascular bundle traversing the thoracic outlet. Nearly 70% of cases are related to soft tissue etiologies (such as scalene hypertrophy, regional tumors, or a muscular variation such as the scalenus minimus muscle), with the remaining 30% related to bone abnormalities such as cervical ribs or joint injury with resulting malunion [4,22,23].…”

“…TOS is usually subclassified into neurogenic TOS (nTOS), venous TOS (vTOS), and arterial TOS (aTOS), depending on the appropriate etiology upon presentation. TOS can be caused by congenital, acquired, or traumatic factors, although some degree of trauma is usually seen in a majority of TOS cases [4]. Diagnosis depends upon both knowledge of the patient's existing risk factors as well as their clinical presentation and may be confirmed with physical exam maneuvers, radiographic imaging, or vascular studies.…”