“…Trata-se de um abrigo sob rocha arenítica, localizado à meia encosta, na Chapada do São Francisco, no enclave arqueológico da Serra da Capivara. Nele foram identificados restos humanos depositados em urnas funerárias, associados a seus respectivos enxovais fúnebres, exceto uma inumação bastante preservada na qual o esqueleto estava associado a restos de fibras vegetais trançadas (GUIDON et al, 1998;SOUZA et al, 2002;SIL-VA, 2006 Os adornos são elementos recorrentes nos sítios funerários indígenas tendo sido frequentemente reportados, tanto na literatura etno-histórica (RIBEIRO, 1988;STEWARD, 1946) quanto na arqueológica (MARTIN, 1994;SOUZA et al, 2002;MITHEN, 2003;SILVA, 2004;FAURE;GUÉRIN;LUZ, 2011;LUZ, 2014;SIL-VA, 2017;CASTRO, 2018). As contas usadas em colares, pulseiras e outros objetos de adorno são produzidas nas mais diversas matérias primas de origem vegetal (sementes, madeiras, endocarpo de várias espécies de palmeiras), animal (dentes, garras, osso) e mineral.…”