“…De acordo com algumas pesquisas, a falta de infraestrutura destas pequenas cidades pode resultar em baixos investimentos públicos e privados de incentivo à prática esportiva e, consequentemente, poucas oportunidades de vivência prática do esporte e de orientação qualificada (CÔTÉ et al, 2006). Além disto, a escassez de estrutura física e a falta de crianças/amigos para a prática do futebol são fatores que podem inibir outras facilidades encontradas nas pequenas cidades, como a prática por longo período de tempo e o desenvolvimento de habilidades específicas de jogo (CURTIS;BIRCH, 1987 No contexto do Futebol Brasileiro, a origem desta disparidade de concentração de jogadores pelos meses do ano pode estar associada ao processo de identificação de jogadores nas categorias de base e aos métodos de avaliação de trabalho dos profissionais (treinadores, preparadores físicos, auxiliares técnicos, entre outros) que lidam diretamente com os jovens jogadores. A pressão exagerada por vitórias e conquistas nas etapas de formação, pode ter reflexos diretos no processo de identificação de talentos que, consequentemente, irá influenciar o processo de formação e seleção do jogador até o mais alto nível de rendimento (DIAZ DEL CAMPO et al, 2010).…”