Skinner e Bakhtin: possíveis diálogos no estudo da língua

Abstract

A linguagem pode ser considerada um objeto de estudo interdisciplinar, construído, este, no diálogo entre diversas disciplinas, dentre as quais a Filosofia da Linguagem e a Psicologia. Nesse sentido, o presente trabalho procurou analisar a aproximação entre proposições de Bakhtin e Skinner. O principal ponto analisado foi a noção de língua como o produto de interações entre sujeitos socialmente organizados. Bakhtin foca a interação verbal entre locutores e interlocutores, enquanto Skinner salienta o fazer, necessariamente mediacional, daquele que se comporta verbalmente. Ambos os autores indicam a importância dos determinantes sociais para a ação verbal e criticam a noção da língua como um reflexo de condições internas daquele que fala. Entretanto, não apenas pontos de convergência foram encontrados, também há elementos divergentes. A partir dos resultados encontrados, verifica-se que com este tipo de estudo de aproximação entre áreas e teorias o intuito não é o de suplantar uma área pela outra, mas sim, abrir novas possibilidades de estudo.

Cuidado de enfermagem em Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/Aids

“…Beyond what is explicitly said, we also find in the organization of a discourse the voids of silence and the unspoken. That void is at the root of the particularity of the constructions of phrases, syntax ruptures, and style specificities that allow you to conceal, hide, or to not clarify anything that is ideologically repelled, but present in the experience and in the internal discourse of subjects (8)(9) . It is on incompleteness of language that the question of silence subscribes, which is always accompanied by sense.…”

“…In principle, silence do not speak, it means, and when this silence is translated into words there is a transfer; thus, a sliding of senses, which produces other effects. The possibility of movement, displacement of words between presence and absence produces a fundamental relationship between language and the time, a rhythm between the saying and the silence, characteristic of the whole meaning process (3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10) . We can distinguish two kinds of silence, namely the founder silence and the politics of silence.…”

“…The first indicates that to say we must not say, i.e., saying "x" not to say "y", in such a way that all saying necessarily erases other words, producing a silence over the senses. The local silence is the interdiction of the saying, restricting and prohibiting what is said, determining what it is forbidden to say in a certain situation (1)(2)(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10) . For psychoanalysis, this impossible to be said is the basis of the concept of the unconscious.…”