INTRODUÇÃOO tabagismo é responsável por 20% das mortes nos EUA, estando relacionado às principais causas de morte da população adulta: doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias 1,2 . Atualmente existe 1 bilhão e 200 milhões de pessoas fumantes no mundo, sendo que sua prevalência na população adulta norte -americana é de 25%, o que é aproximadamente igual a estudo realizado em São Paulo, que encontrou prevalência de 24% 1-3 . Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil ocorrem 200.000 mortes/ano associadas ao tabagismo, o que significa que 23 pessoas morrem a cada hora.
3Vários estudos têm demonstrado a comorbidade entre doenças psiquiátricas graves (como esquizofrenia e transtornos do humor) e dependência de nicotina 4-7 , sendo que alguns autores sugerem que pacientes psiquiátricos apresentam dependência mais intensa que fumantes sem comorbidade 6 . Entretanto, muitas vezes este diagnóstico não é realizado nos pacientes de unidades psiquiátricas 7 , e os sintomas de abstinência de nicotina (ansiedade, irritabilidade, humor deprimido, insônia) podem ser confundidos com os sintomas que levaram à internação. O Serviço de Psiquiatria do HCPA recomendou a avaliação dos hábitos de fumo dos pacientes atendidos na internação psiquiá-trica deste hospital, pelo desconforto relatado pelos pacientes internados em função da abstinência ao tabaco, dentro de um projeto de abordagem ao tabagismo que se faz de forma regular dentro da instituição.O objetivo desta comunicação breve é descrever os achados iniciais de prevalência de tabagismo em pacientes internados na Unidade de Internação Psiquiátrica do Hospital de Clíni-cas de Porto Alegre.
MÉTODOForam realizados três censos consecutivos, com intervalo de trinta dias cada um, nos pacientes internados na Unidade Psiquiátrica do HCPA, cuja lotação máxima é de 36 pacien-