O artigo aborda a eficácia do storytelling como ferramenta de marketing e construção de perspectiva de pertencimento do sujeito em relação à marca, tendo efeitos sobre a subjetividade dos indivíduos narcísicos e hedonistas da pós-modernidade. As narrativas têm amplo poder de venda de uma experiência e de um estilo de vida altamente desejável pelas classes altas, convencendo por meio das celebridades das redes sociais e suas metanarrativas. O objetivo desta pesquisa é utilizar uma revisão de literatura para identificar o papel do storytelling no marketing de marcas de luxo e de como as narrativas são utilizadas como estratégia de marcador de classe social, de distinção, status quo e identidade de classe O consumo das marcas de luxo tem um aspecto egóico, fortalecido pelos “Likes” das redes sociais, e essa estratégia de marketing só é tão bem-sucedida porque nasce em um contexto de uma sociedade egóica, narcísica, hedonista e alienada, cuja psique está desgastada. A literatura em marketing é otimista em relação ao storytelling, mas a literatura que estuda o marketing pela perspectiva da psicanálise mostra que essa estratégia só é tão bem-sucedida porque está em um contexto de uma sociedade com problemas psíquicos.