As doenças causadas por nematoides são consideradas importantes devido ao hábito polífago desses patógenos, estratégias de sobrevivência e aos prejuízos econômicos causados. No Brasil, as espécies que provocam os maiores danos na cultura da soja são: Meloidogyne javanica, M. incognita, Heterodera glycines, Pratylenchus brachyurus, Rotylenchulus reniformis e Aphelenchoides sp. Recentemente, surgiram relatos de incidência, em algumas regiões, de Tubixaba spp., Scutellonema brachyurus e Helicotylenchus dihystera. Dessa forma, é necessária a utilização de estratégias de manejo que auxiliem na redução dos níveis populacionais desses fitoparasitas. O uso de esterco bovino, associado a espécies vegetais para cobertura de solo, apresentase como uma alternativa para manejo de nematoides na cultura da soja, devido a um conjunto de propriedades nematostáticas e nematicidas, ao efeito benéfico às plantas e ao estímulo do desenvolvimento de inimigos naturais. São indicadas espécies de plantas que produzam resíduos que cubram melhor o solo, deixem mais palhada, distribuam seus sistemas radiculares pivotantes e/ou fasciculados, mantenham ou aumentem os teores de carbono, e incrementem a densidade/ riqueza macro e microbiológica. Esta revisão tem o objetivo de apresentar e discutir os principais efeitos do uso de matéria orgânica e alternativas de manejo e controle de nematoides na cultura da soja com o emprego de esterco bovino e cobertura de solo com diferentes espécies de plantas.