em especial a Ilse Scherer-Warren, Julian Borba e Domitila Costa Cayres, pela leitura e comentários. Agradeço também às críticas, aos comentários e às sugestões feitas pelos pareceristas anônimos da revista, embora nem todas tenham sido devidamente incorporadas ao artigo. Esta é uma versão revisada do trabalho apresentado no XV Congresso Brasileiro de Sociologia (SBS, 2011), fruto da pesquisa de bolsa de produtividade do CNPq.
IntroduçãoAs condições e os impactos das associações na vida social podem ser analisados de diversas maneiras e seguindo variados objetivos e enfoques analí-ticos, a fim de avaliar: as influências dos grupos e associações no processo de socialização dos indiví-duos; as potencialidades em promover a reprodução, a integração ou a transformação social; suas capacidades de alavancar o desenvolvimento econômico; o fomento de estruturas de pertencimento e de identidade cultural, entre outros. Inserido no campo da sociologia política, este trabalho observará as relações entre as associações e a democracia tendo como cenário as sociedades contemporâneas marcadas por alto grau de complexidade e de pluralidade da vida social.O interesse por esse tema segue uma importante tendência teórica que tem renovado ou revivido, em boa parte a partir de Tocqueville, as análises da importância das associações para a democracia, cuidando para diferenciar tanto as potencialidades democráticas das associações quanto as variadas concepções de democracia que as sustentam. Em seu livro Democracy and association (2001), Mark Warren aponta para a emergência de um consenso no interior da teoria democrática acerca da importância