“…Em linhas gerais, o universo da arte contemporânea transformou as condições para pensar a arte. Primeiro, porque os próprios artistas tomaram as diversas ramificações da crítica institucional como material para suas obras (Bishop, 2012;Sansi-Rocca, 2015;Sant'Anna;Dabul, 2018). Segundo, porque a arte contemporânea circula num vasto mercado globalizado de obras (Bueno, 1999;Moulin, 2007) e em densas redes com estatutos variados -entre mediações culturais dos principais museus de arte contemporânea e ativos em fundos de investimento, mas também entre coletivos de artistas que experimentam a rua e outros espaços como material e locus para suas obras (Felix Martins, 2017;Marguin, 2019;Sansi-Rocca, 2015;Silva, 2021;Tinoco, 2021), ou mesmo entre movimentos sociais que a concebem como plataforma para ação política (Taylor, 2013;Heddon;Klein, 2012 ).…”