Sociologia das estatísticas: possibilidades de um novo campo de investigação

Abstract

This article presents the possibilities for investigation unveiled by the sociology of statistics. Of particular importance in the area of demand is the power to provide the fundamentals used in government technologies in nation states (political domain). In terms of the use of statistics, the role in forming the categories of perceptions of reality (cognitive domain) is highlighted. Within the scope of production (institutional domain), it is important to emphasize the organization of the activity into different temporal categories. The tensions between the technical/normative advances recommended by scientific associations and the pragmatic requirements of public administration are also examined. This article seeks to provide a brief reflection on the morphology of statistical institutions and their scientific culture.

Representativeness in Statistics, Politics, and Machine Learning

“…The notion of representativeness presupposes classification and equivalence-that is, the ability for some units to be treated as interchangeable with others, at least in a given context for some salient characteristic [46]. Those equivalences are essential to our ability to learn about the world, but they are also approximate, value-laden, and at times, contested [25,44]. Only by considering the ways we translate the world into data in the first place can we fully examine the realities data represent and potentially, perpetuate.…”

Modelos teóricos e interesses de mensuração no surgimento da pesquisa de inovação brasileira (Pintec)

“…Sustentamos no presente artigo, portanto, que um estudo acerca da origem desta pesquisa é relevante quando se considera que o contexto de produção das estatísticas define, em certa medida, suas fronteiras de utilização (SENRA, 2009;CAMARGO, 2009). Esta ideia proveniente da sociologia das estatísticas sublinha que escolhas conceituais e metodológicas são feitas na criação das pesquisas estatísticas, e levar em conta estas escolhas, bem como o contexto no qual foram feitas, é fundamental para entender os limites e alcances das estatísticas (SENRA, 2009;CAMARGO, 2009). Isso significa que, sem compreender o contexto fundador dos indicadores de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), bem como de quaisquer outros, corre-se o risco de os utilizar inapropriadamente, cometendo, por exemplo, o que Freeman e Soete (2009) chamam de abuso dos indicadores de CT&I.…”

Quantificação, Estado e participação social: potenciais heurísticos de um campo emergente

“…A sociologia da quantificação não apenas permite compreender os determinantes sociais desse insulamento, como mostra aos diferentes atores e organismos envolvidos no circuito de produção, circulação e tradução dos números que há limitações e escolhas implícitas em todos os procedimentos estatísticos, insistindo em que é impossível oferecer soluções técnicas a conflitos de interesse que não podem ser acomodados. Mais ainda, a sociologia da quantificação oferece aos produtores de informações estatísticas um saber reflexivo sobre os efeitos e condicionantes de suas práticas, o que traz a vantagem de ampliar sua legitimidade sociopolítica, sem prejuízo de sua credibilidade técnico-científica (Camargo, 2009).…”