O presente estudo tem como objetivo principal investigar a possível colaboração da temperatura superficial de Coberturas Verdes (CVe) na mitigação dos efeitos das Ilhas de Calor Urbano (ICU). Foi utilizado um experimento constituído de uma CVe extensiva e telhados de comparação, formados de telhas cerâmicas vermelhas e telhas de fibrocimento. Os resultados permitiram inferir que quanto mais altas foram as temperaturas superficiais, maiores foram as perdas de calor para o ambiente, sendo que as coberturas cerâmica e de fibrocimento foram as que mais aqueceram durante o dia e as que mais rapidamente resfriaram à noite. A cobertura cerâmica apresentou as maiores temperaturas superficiais, seguidas pela cobertura de fibrocimento e pela CVe. Contudo, através de análises estatísticas verificou-se que entre as médias das temperaturas superficiais da cerâmica e do fibrocimento não houve diferenças significativas, contrariamente à CVe, que teve a menor variação na temperatura superficial, mantendo mais estáveis essas temperaturas tanto de dia quanto à noite e que, estatisticamente, apresentou diferenças significativas com relação à cerâmica e a fibrocimento. Verificou-se que o envelhecimento e a sujeira depositada sobre a telha cerâmica poderiam ser fatores que influenciaram o seu desempenho térmico, sobreaquecendo sua superfície mais do que a superfície do fibrocimento.