A forma como as organizações interagem com seus stakeholders na rotina cotidiana denota sua capacidade de gestão, especialmente levando-se em conta sua habilidade de lidar com as pressões de incerteza e escassez em seu ambiente, bem como de superar conflitos e fortalecer relações eficientes e eficazes mediante as ferramentas de que dispõem. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo verificar se as dimensões da capacidade de gestão de stakeholders (comunicação e negociação, marketing, proatividade, formulação estratégica, recursos e stakeholder-serving), propostas por Freeman (1984) e Freeman, Harrison e Wicks (2007), para as organizações com fins lucrativos, se aplicam em organizações sem fins lucrativos. O estudo foi realizado por meio de ensaio teórico, de natureza reflexiva e interpretativa, buscando aprofundar a temática com base em articulações teóricas. Os resultados permitem verificar que as relações entre stakeholders nas duas espécies de organizações são similares, sendo possível inferir que as dimensões da capacidade de gestão propostas por Freeman e seus colaboradores, para organizações com fins lucrativos, sejam também aplicáveis às organizações sem fins lucrativos. Palavras-chave: Teoria dos stakeholders. Dimensões da capacidade de gestão. Organizações sem fins lucrativos. ONGS. 1 Introdução A capacidade de gestão está associada à forma de interação com os stakeholders na rotina cotidiana das organizações, no que se refere à sua habilidade de lidar com as pressões de incerteza e escassez no ambiente, bem como de superar conflitos e fortalecer relações eficientes e eficazes mediante as ferramentas de que dispõe. Também se relaciona às tomadas de decisão tão necessárias e ao seu gerenciamento como todo (